Pensamentos suicidas, consultas e mudanças


Esta é uma atualização geral, como eu sei que tenho agido estranho recentemente e as coisas ficaram fora de controle. Apenas alguns posts atrás, eu disse que a anorexia não era mais o maior problema na minha vida, e eu realmente me sentia assim, mas as coisas durante a recuperação acontecem tão depressa. A anorexia não é a questão principal agora, mas ainda está aqui, ainda grita, e ainda afeta como eu sou e lido com as coisas.

Hoje, fui ao hospital, como em todas as terças-feiras, mas o dia foi mais ocupado do que o habitual. Eu vi minha terapeuta duas vezes, a psiquiatra, a endocrinologista e também a minha agora ex-nutricionista. Ela está deixando o trabalho e hoje foi uma despedida, mas espero vê-la novamente um dia. Ela é realmente um dos meus seres humanos favoritos e tem uma maneira tão doce de me confortar. Vou sentir falta dela, mas vou continuar acompanhando o trabalho pela página dela. Como ela disse, a vantagem é que agora podemos ser amigas, em vez de somente nutricionista e paciente. Ganhei uma mudinha de bambu como lembrança, e por isso a foto do post de hoje é um bambuzal!

Primeiro, tive um inferno de um dia ontem, mas eu não tentei uma overdose na noite passada. Fiquei na fila para conversar com alguém do CVV (de novo) por literalmente quatro horas, até a meia-noite, quando desisti, porque tinha que encontrar uma maneira de me acalmar e dormir, como eu tinha que acordar cedo para ir para o hospital. Eu me cortei muito e tive uma noite terrível, mas estou a salvo e bem melhor.

Mas, como os pensamentos suicidas só fizeram crescer nas últimas duas semanas, falei com cada pessoa da minha equipe sobre isso. Expliquei o que está acontecendo. Me deram conselhos, e a endocrinologista me lembrou de que meus gatos precisam de mim, mas, por enquanto, estou proibida de ter acesso aos meus medicamentos. Eu só vou ter acesso a uma dose única de cada vez. Minha terapeuta disse que há risco de eu tentar algo, então chamou meu pai e disse que tenho tido pensamentos suicidas recorrentes e que ele deve controlar o meu acesso aos medicamentos, assim como não devem me deixar sozinha. Ela também disse ao meu pai para procurar um hospital perto de casa no caso de se tornar inevitável.

Como eu me senti sobre isso? Eu não fiquei feliz. Eu nunca estou feliz quando sou "forçada" a estar emocionalmente nua na frente da minha família, porque me mostraram no passado que não entendem nada sobre isso e só me fazem sentir pior. Não acho que haverá conversas sobre esses pensamentos, e parte de mim está triste, porque eu quero que eles ao menos pareçam preocupados, mas parte de mim está aliviada, porque talvez eu realmente não queira falar. Talvez eu realmente não queira me abrir.

Falando sobre os medicamentos, a psiquiatra aumentou tirou o Aristab (aripiprazol) por três dias. Depois destes três dias (na sexta-feira), vou começar com Depakene. Assim, meus remédios serão Zoloft (sertralina, 200mg), Valium (diazepam, 5mg, mais 5mg em caso de ataque de pânico) e Depakene (valproato de sódio, 250mg). Eu já estou desesperada porque parece que eu poderia ter um aumento do apetite com o Depakene e eu realmente não quero isso. Eu sinto fome agora, mas tenho evitado comer como maneira de entorpecer minhas emoções, mas realmente não preciso de mais apetite ou risco de ganhar mais peso. Com a olanzapina, mesmo comendo muito pouco, eu estava completamente inchada e eu não quero isso outra vez.

A propósito, a respeito da comida: está uma porcaria. Estou comendo muito mal e ficando paranoica pensando que 200 kcal vão me fazer ganhar 10 kg da noite para o dia, mas vai melhorar. Eu sei que isso é biologicamente impossível e sei que comer chocolate não vai me matar. A boa notícia é que a nova nutricionista, que vou estar vendo a partir da semana que vem, também é vegetariana, então espero que me ajude a me alimentar direito apesar das limitações, e espero que tenhamos uma boa relação.

Agora, para algo mais leve, eu quero agradecer a todos que têm se preocupado comigo, enviando mensagens e e-mails, me ajudado durante estas semanas difíceis. Estou ciente de que tenho causado muita preocupação, mas prometo que estou lutando. Eu nunca tive esse apoio em toda a minha vida e me faz querer chorar toda vez que eu penso em quão preciosos vocês são. Eu não vou desistir!

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