Dia Mundial de Transtornos Bipolares


Muitas pessoas dizem que eu dou muito "crédito" à doença, mas o fato é que eu vivi com o transtorno bipolar durante toda a minha vida sem saber. Me fez perder amigos, perder relacionamentos, perder sonhos, perder equilíbrio, me perder. Eu não posso nem contar quantas vezes as pessoas me disseram que era impossível estar perto de mim, ou serem minhas amigas, porque eu sou muito instável e "estranha".

No entanto, hoje se trata de compartilhar a coisa boa sobre o transtorno bipolar: a coisa que me deu, a coisa que é inerentemente minha, assim como a doença é. Eu poderia escrever sobre a escrita, o que seria a coisa mais óbvia, já que todo mundo sabe o quanto eu amo escrever, mas todo mundo que me conheceu nos últimos dois anos sabe muito pouco sobre o meu outro lado: o meu eu músico. O lado de mim que anseia por sons.

É engraçado, porque ruídos me irritam tanto, mas a música acalma minha alma. Isso me liberta. Isso me ajuda a me permitir ser selvagem, estar fora de controle, ficar louca sem sentir culpa, mesmo que eu esteja quieta no meu canto. E faz dois anos e dois (quase três) meses desde a última vez que eu toquei guitarra. Eu sinto falta disso em minha vida. Costumava ser uma parte tão grande da minha vida, e agora sinto que há algo faltando. Mas a paixão ainda está aqui. E eu estarei de volta. Em breve. Porque amo.

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